quinta-feira, 26 de novembro de 2009


Estava no saguão do trem, desnorteada. Tudo que ela menos queria era partir daquele jeito,  queria ter aquela cena tão comum de despedidas, casais se beijando jurando amor eterno, surrando um ao outro esperar o quanto tempo for necessário.  Mas ali estava ela, sozinha. Levava consigo uma só mala, pequena; nunca foi de ter muitas roupas as condições não lhe permitiam e sua economia fora toda voltada pra essa viagem, inesperada mas encarada com muita euforia,  até esse momento quando começou a se odiar por ter conseguido uma bolsa de estudo, por ter que sair de perto dele, por ter de deixá-lo.  Respirou fundo o bastante pra perceber o tão boba que estava sendo, era óbvio que essa viagem só lhe trariam benefícios, jurou pra si mesma nunca pensar de maneira tão absurda. Olhou pro enorme relógio que ficava no meio da estação, era de uma aparência rudimentar, mas combinava com o ambiente. Já passava da meia noite e seu trem partiria em 15 minutos, olhou pra todos os lados – vai ver ele só estava atrasado – pensou. Começou a ficar angustiada com a demora e com a incerteza de sua presença, tudo bem que ele já esqueceu datas importantes e compromissos, mas sua viagem era imperdoável, inaceitável.  Ele não tinha concordado muito com sua ida a Austrália, mas era muito egoísmo da parte dele pedi que ela não fosse ela estava decidida, e se ele a amasse como falava tanto, iria apoiá-la e até mesmo espera-lá.  Seus olhos não saem do relógio, desviou e procurou sentar não estava cansada e poderia muito bem ficar ali em pé, mas ficar no meio de uma estação de trem não era uma boa idéia, hora em hora algum apressado esbarrava nela. Em sua mente começou a surgir a imagem de seu amado, de principio só as coisas boas os carinhos, abraços, os planos, depois lembrou-se de sua discussão um dia antes, pelo telefone.- Ele deve fazer uma surpresa, de repente vai aparecer com flores e me da um beijo de cinema – imaginou, tentando amenizar a agonia que já estava tomando conta de si. Cinco minutos, marcou o velho relógio, que já estava lhe dando pavor– não é possível, ele está adiantado demais. - irritou-se.  Levantou, caminhou devagar até seu trem que já estava lá. Todos já tinham entrado, mas ela não estava com pressa, andando cada vez mas lento ainda na esperança de ele aparecer... Mas ele não apareceu, e então com lágrimas dançando em seus olhos ela partiu...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Crônica do Amor. Arnaldo Jabor - Parte II

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

domingo, 22 de novembro de 2009

Crônica do Amor. Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

sábado, 21 de novembro de 2009

Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz.

Pequeno Principe. 

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sus(piro).

  Eu suspiro
  Tu suspiras
  Ele suspira
  Nós suspiramos
  Vós suspirais
  Eles suspiram

... e de tanto suspirar, pirei de vez!

sábado, 14 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta Feira 13

A crença de que o dia 13, quando cai em uma sexta-feira, é dia de azar, é a mais popular superstição entre os cristãos. Há muitas explicações para isso. A mais forte delas, segundo o Guia dos Curiosos, seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos.
Mas mais antigo que isso, porém, são as duas versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.
Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.

Então hoje... Desvie dos gatos pretos, evitem passar por de baixo da escada, desvire os sapatos, chinelos, percatas, tênis, meia, havaianas enfim o que vc usa pra calçar, e por fim mas nao menos importante não quebrem os espelhos sete anos ninguém merece!

sábado, 7 de novembro de 2009

- Para os homens.

Diga a ela como você a admira. Quando estiver desanimada, abrace-a forte. Escolha-a sempre entre todas as outras mulheres ao seu redor. Brinque com seus cabelos. Faça cócegas nela. Apenas converse com ela. Colha flores de outros jardins e dê a ela. ჱܓ Leve-a na praia e vejam o sol se pôr. Segure sua mão e faça uma caminhada. Segure sua mão e corra. Segure sua mão, e levemente a beije. Apenas segure sua mão. Converse com ela no cinema. Diga que ela está linda. Apresente ela a seus amigos como: "A mulher da minha vida." Leve ela à biblioteca, a parques de diversões e à cafeterias. Faça massagens em suas costas. Jogue futebol com ela. A faça adormecer em seus braços. Diga-lhe gracejos bobos; talvez isso a faça sorrir. Escreva poemas sobre ela. Caminhe com ela, nem que seja pelo quarteirão. Jogue pedrinhas na janela dela à noite. Surpreenda ela. Faça coisas que a faça sorrir, dar risada, e a faça querer beijar você loucamente. Quando ela começar a gritar com você, escute e pergunte o que a deixou assim. Deixe-a louca por você, depois a beije suavemente. Ligue somente para dizer "Oi". Ligue de volta quando ela te ligar. Sussurre em seu ouvido. Cante para ela, não importa o quanto ache que sua voz não é legal. ♪ Escreva seus nomes numa árvore. Empurre-a em balanços. Desculpe-se quando fizer algo que a deixou triste e não repita de novo. Deixe recadinhos inesperados no carro, na porta, expresse o quanto ela significa para você. Leve-a para lugares românticos e leve cobertores para verem as estrelas. ★★★ Apareça de surpresa. Dê presentes que só vocês entendem. Ensine-a a tocar guitarra. Escreva uma música para ela. Diga a ela que você acredita que isso seja um conto de fadas.Sinta seu perfume. Carregue os livros para ela. Diga que ela é a chave de seu coração. Faça cds com músicas que lembram vocês. Escreva-lhe cartas. Se pedir que você vá a um show com ela, vá, mesmo que viagem 5 horas. Saiam pela estrada, sem nenhum destino. Acredite nos sonhos dela, ajude a transformá-los em realidade. Ouça as músicas favoritas dela. Quando ela estiver triste, fique no telefone com ela, mesmo que ela não esteja dizendo nada. Compre a ela um sorvete. Olhe em seus olhos e sorria. Dance devagar com ela se a música for rápida. Deixe ela tirar de você quantas fotografias quiser. Faça a ela um romântico jantar em dias especiais. Lembre-se de datas e a surpreenda em seu aniversário. Beije-a na testa. Beije-a na chuva. Beije-a onde ela menos espera! Sempre que quiser estar com ela, diga. Seja seu melhor amigo. Depois de tudo isso... Quando ela menos esperar, diga em seu ouvido, bem baixinho: — Eu te amo!



E depois disso, a coisa mais fácil é  entender uma mulher...

III
II
I

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Torpor


Torpor. É como se simplesmente tivesse me faltando o chão, o ar me sufocando.  Como se eu tivesse sonhando, em um pesadelo e não conseguisse mais acordar. Amordaçada nos meus próprios delírios.  
Letargia. Os meus  pensamentos não mais me pertencem, eu nem mesmo os identifico, são borrões, são nublados, são confusos, são tudo diferente de nítido, são um poço de confusão. Mudança. Mas pra que mudança?  Entorpecimento. Talvez esteja dopada, e se for mesmo isso,  que esse efeito não tarde a passar.