terça-feira, 29 de setembro de 2009

Caderno

Maria era uma menina tímida e inteligente, morava em uma casa pequena e seu quarto era azul, azul claro da cor do céu, ela queria que seu quarto fosse rosa igual ao de suas amigas, mas ela tinha que dividir o quarto com seu irmão, e ele descartou toda e qualquer possibilidade de ter um quarto rosa, ela se conformou, não era muito de debater ou da uma de teimosa. Um dia seu irmão encontrou um caderno velho a capa era preta e estava meio rasgada tinha umas figurinhas. Abriu. Folheou. Parou em uma página, as letras estavam turvas e a tinta da caneta estava manchada, a data não se dava pra ler, decifrando o garrancho que sua irmã chamava de letra, ele leu:


"Impus a mim mesma a se recusar a cair nos devaneios de meus pensamentos tentando assim amenizar a ferida aberta em mim. Em vão. Os sorrisos são tudo fachada, é uma tentativa inútil de mostrar pro pessoal de que 'tá tudo bem, juro. 'Não tá! As lágrimas que se alojam no canto de meu olho não eh cisco coisa nenhuma, e muito menos por que bocejei de sono. A ultima coisa que eu quero é ficar lembrando de como está minha atual situação, então disfarçar me pareceu uma boa saída, porém eu não sabia que eu disfarçava tão mal. Quando li Lua Nova achava Bella dramática e exagerada quando falava do que ela sentia sem Edward ao seu lado, agora compreendo e realmente é horrível. O problema é que Lua Nova é um conto, e como todo conto o final feliz é frequente, eu estou falando de vida real onde você não tem a certeza de que o " felizes para sempre" vai esta estampado na última folha."