quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


De fato, é mais fácil escrever na terceira pessoa, falar ela no lugar de eu faz parecer que o problema não é meu. A imaginação parece que flui mais, mas hoje eu não posso tentar ‘tapar o sol com a peneira’. Ela está bem. Já eu...
Acordei cedo, o que não é comum, adoro dormir, mas precisamente adoro dormir até tarde, nas férias eu não sei o que é manhã, e não me queixo disso. Embora alguns pessoas discordem eu acho que acordar tarde faz o maior bem, pelo menos pra mim. Acordar cedo é mais tempo sem fazer nada, e foi justamente o que aconteceu comigo hoje, abre espaço pra minha imaginaçãozinha desastrada pensar em coisas já esquecida, em problemas já superados, ou pensando que tinha superado, por que é só na recaída que você percebe o quanto ainda te afeta.  Passei o dia como já dizem fazendo o verdadeiro ‘programa para gordinhas’, em casa deitada e comendo, devo ter engordado uns 2 kg, e se eu continuar nesse ritimo quando acabar as férias  serei uma bolinha. E em meio a doces, pipocas, filmes e refrigerante, a angustia tomou conta de mim. Não quis me deixar abater, larguei as guloseimas desliguei a televisão decidir me arrumar, mas pra que? Pra quem? Novamente a sensação de solidão, e eu que pensava já tinha superado isso, agora entendi a diferença de superar e suprimir, enquanto estava arrudiada de amigos, não percebi a falta que alguém  me faz. E em meio a confusão que se formará em minha cabeça, não tentei me sair das lembranças, dando meu próprio diagnostico como psicóloga, receite meus desvaneios me fizessem sofrer, que mal faria a quanto tempo eu não lidava com a dor do amor... E foi assim a tarde toda, eu até me arrumei, pra mim mesma , e o espelho é claro não me decepcionou, a sessão nostalgia, angustia, aflição passou, como já dizia o clichê ‘ tudo na vida passa, até uva-passa’. Mesmo que demore de ser superado, passa.

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